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Ao analisarmos a importância da comunicação em nosso ciclo de vida, podemos notar que, mesmo antes do nosso nascimento, já nos comunicamos. Quando entramos em contato com as técnicas relativas à gestão de projetos, invariavelmente ouvimos a frase: 90% do trabalho do gerente é comunicação. (Kim Heldman, 2009)

Essa afirmação reforça o papel integrador do gerente, já que este é responsável pela troca de informações que garantem a integração entre os diferentes envolvidos no projeto. Assim, o gerente promove a sinergia entre fornecedores, funcionários e diretores, a fim de garantir a cooperação e o alinhamento de expectativas em relação aos resultados a serem alcançados.

De que modo desenvolvemos essa habilidade?

No início, são chutes e pontapés ainda dentro da barriga que tranquilizam os pais e levam os familiares (especialmente os avós) ao delírio, na certeza de que já interagem com o já tão amado membro da família.

No momento em que saímos da barriga, com pouquíssimos segundos, temos de nos adaptar a um novo ambiente e recebemos grandes e vitais desafios: a necessidade de comunicar 1) a fome, 2) a dor, 3) o sono, 4) o medo, 5) o frio, 6) o calor, 7) a vontade de ficar no colo.

O mais interessante é que, como nenéns, não sabemos falar e nem por isso deixamos de nos comunicar. Criamos uma variedade de tipos de choro para expressar necessidades diferentes: um tipo de choro para indicar fome, outro para dizer que estamos com sono, ainda outro para pedir colo, para indicar dor de ouvido, dentre outras estratégias de comunicação.

Em outras fases da vida não é diferente. Na adolescência, a timidez apresenta obstáculos para a comunicação e traz a dificuldade de sanar dúvidas relativas a questões básicas sobre a vida. Como adultos, o orgulho e a insensatez por vezes surgem como barreira para a comunicação que levaria ao entendimento acerca de divergências entre casais ou colegas de trabalho.  Como idosos, passamos a não compreender a linguagem ou a dinâmica do modelo de comunicação e o desafio é se manter conectado em relação às novas plataformas, aos conceitos e às terminologias.

E como fazemos para ter sucesso na comunicação?

O sucesso depende da cooperação e do comprometimento entre o emissor e o receptor da informação. Se houver preocupação das duas partes em relação às limitações do outro, a probabilidade de sucesso é imensa. Dessa forma, identificar os tipos de choro se torna uma tarefa interessante e motivadora para os pais que estão seriamente comprometidos no desafio de oferecer o alento ao seu pequeno filho. Entender as necessidades de um idoso é bem-sucedida quando o ouvinte busca informações no sentido de auxiliar. Enfim, o esforço para entender as mensagens que, apesar de não serem ditas, estão implícitas nos gestos e nas atitudes facilita os relacionamentos em ambientes compartilhados.

Mas de que forma isso funciona na gestão de projetos?

De acordo com o Guia de Gerenciamento de Projetos PMBOK (PMI, 5ª Ed. 2013), “a comunicação eficaz cria uma ponte entre as diversas partes interessadas do projeto, que podem ter diferenças culturais e organizacionais, diferentes níveis de conhecimento, e diversas perspectivas e interesses que podem impactar ou influenciar a execução ou resultado do projeto”.

Em relação aos métodos de comunicação, de acordo com o PMBOK, estes podem ser classificados como:

  • Comunicação interativa: entre duas ou mais partes que estão realizando uma troca de informações multidirecional. É a forma mais eficiente de garantir um entendimento comum sobre tópicos específicos, e inclui: reuniões, telefonemas, mensagens instantâneas, videoconferências, etc.
  • Comunicação ativa: encaminhada para destinatários específicos que precisam receber as informações. Garante que as informações sejam distribuídas, mas não que tenham realmente chegado ou tenham sido compreendidas pelo público-alvo, e inclui: cartas, memorandos, relatórios, e-mails, fax, correio de voz, blogs, comunicados de imprensa, etc.
  • Comunicação passiva: usada para volumes muito grandes de informações ou para públicos muito grandes, ela requer que os destinatários acessem o conteúdo da comunicação a seu próprio critério. Esses métodos incluem sites de intranet, e-learning, bancos de dados de lições aprendidas, repositórios de conhecimentos, etc.

Dessa forma, a comunicação é um desafio para o gerente, mas é também para a humanidade. O caminho é encontrar estratégias e identificar os obstáculos para esse processo. Muitas vezes, a vontade de entender as mensagens e o respeito aos limites do próximo podem ser suficientes para resolver a questão.

Por Felipe Cruz