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A maioria de nós, ao relembrarmos das peripécias da juventude, certamente se depara com fatos que provocam frases como: Jamais repetiria isso. Realmente eu era um inconsequente. Como fui capaz de fazer isso?
Será que ficamos mais medrosos com o decorrer dos anos? A resposta é simples: Sim!

Por quê?

Porque o receio em assumir riscos é diretamente proporcional à potencial perda decorrente do possível insucesso. Em outras palavras, quanto mais temos a perder, maior é o medo de arriscar. Citando o exemplo inicial, ao amadurecermos, conquistamos e assumimos compromissos afetivos e materiais dos quais não queremos nos desfazer. Isso explica porque um adolescente se arrisca muito mais do que um adulto. É porque ele TOLERA mais riscos do que seu pai ou seu avô.
Mas não é só isso. Além do nível de tolerância a riscos, que determina até onde se pode chegar, cada pessoa apresenta outra variante ligada ao tema: o gosto pelo risco. Esse APETITE é algo intrínseco e varia de pessoa para pessoa. Nesse sentido, dois jovens da mesma idade, que vivem em ambientes semelhantes e que, teoricamente possuem a mesma tolerância a riscos, podem, dependendo do seu apetite, assumir níveis de risco muito diferentes.
É muito importante deixar claro que para existir avaliação de nível de risco a ser assumido há a necessidade de definição de um objetivo a ser alcançado. Isso porque só assumimos riscos se estes estiverem relacionados a algo que queremos atingir. Por exemplo, se queremos emagrecer decidimos, baseados na nossa tolerância e apetite a riscos, se faremos uma lipoaspiração ou uma dieta.

Nas empresas funciona assim também?

Assumindo que administrar é uma arte e que “a arte imita a vida” podemos afirmar que sim. Por meio do planejamento estratégico, cada organização define os seus objetivos e os meios para atingi-los. Para que este plano funcione é necessário que estejam muito bem definidos a capacidade e os limites de ação da organização. Pra tanto, a Declaração de Apetite e Tolerância a Riscos deve estar bem definida.
Em termos práticos, o apetite a riscos define o quanto a organização está disposta a se arriscar e a tolerância a riscos relaciona-se ao limite de riscos que podem ser assumidos sem prejudicar o negócio. Essas duas variáveis devem ser muito bem equilibradas para que não ocorram perdas imprevistas decorrentes de altos níveis de risco assumidos, nem a redução de ganhos relacionada a estratégias exageradamente conservadoras.
Em resumo, um bom gestor deve saber diagnosticar e dosar o apetite e a tolerância de maneira a maximizar o potencial da sua companhia sem se expor a riscos desnecessários.

Por André Valença